Não sei se considero interessante ou preocupante o que está ocorrendo no Vale do Itajaí, em diversos munícípios, com a falta de água. Eu, particularmente fiquei preocupado. Minha família e a de todos com quem pude interagir, sentiram-se bastante prejudicados. Se não chove falta água, mas se chove corremos o mesmo risco, com ou sem enchente. O que se pode fazer? Se conformar, comprar água mineral e levar a nota para a CASAN?
De acordo com a imprensa, o índice de turbidez da água do rio Itajaí chegou a 9.000 unidades (índice de sujeira), enquanto a CASAN e SAMAE tem capacidade de lidar com um máximo de 3.000 (o normal é de 400 a 500 unidades). Ou seja, nossa estação de tratamento apresentou um grande limite para tratar o que bebemos, e o triste é que o rio tem vontade própria. Ou a condicionamos? Quer dizer então que, além do medo do desmoronamento e das cheias, de agora em diante quando chover rio acima também não sabemos se teremos água?
De qualquer modo há taxas que continuam sendo cobradas, mesmo sem receber o produto. Sem problemas se se estivermos em busca de soluções ambiental e socialmente corretas para o curto, médio e longo prazos. A dúvida é se haverá proatividade para que isso não mais ocorra. Do ponto de vista dos direitos dos cidadãos, não se pode admitir que falte água, ar, espaço, voz e quaisquer meios elementares à dignidade da vida. A impressão que se tem é que o tema foi abordado com muito conformismo. Com todo respeito aos nossos representantes, entendo que a ética reserva espaço para a radicalidade quando o tema mostra-se sensível à vida e à dignidade. Realmente estamos nos mostramos tolerantes, o que não necessariamente é sinônimo de boa cidadania.
Para além da lógica mercantil, o sistema revelou uma fragilidade que coloca em questão a nossa capacidade técnica de prover a população deste bem público tão importante como o ar que respiramos. Vamos acompanhar.
Imagem meramente ilustrativa colhida por link direto http://www.nogome.com/nogome/archives/cat_hardware.php |
De qualquer modo há taxas que continuam sendo cobradas, mesmo sem receber o produto. Sem problemas se se estivermos em busca de soluções ambiental e socialmente corretas para o curto, médio e longo prazos. A dúvida é se haverá proatividade para que isso não mais ocorra. Do ponto de vista dos direitos dos cidadãos, não se pode admitir que falte água, ar, espaço, voz e quaisquer meios elementares à dignidade da vida. A impressão que se tem é que o tema foi abordado com muito conformismo. Com todo respeito aos nossos representantes, entendo que a ética reserva espaço para a radicalidade quando o tema mostra-se sensível à vida e à dignidade. Realmente estamos nos mostramos tolerantes, o que não necessariamente é sinônimo de boa cidadania.
Para além da lógica mercantil, o sistema revelou uma fragilidade que coloca em questão a nossa capacidade técnica de prover a população deste bem público tão importante como o ar que respiramos. Vamos acompanhar.
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